17 de setembro de 2024


Aumento de produção de maneira orgânica, implantação de fábrica de etanol de segunda geração e fábricação de biogás, estão entre os projetos na perspectiva futura da Raizen para suas operações em Mato Grosso do Sul.

A companhia possui quatro usinas sucroenergéticas em operação no estado, uma construída pela própria empresa em Caarapó e outras três adquiridas da Biosev, em Rio Brilhante e Maracaju, em 2021.

No ciclo passado, a empresa moeu 12 milhões de toneladas de cana-de-açúcar para produzir 500 mil toneladas de açúcar, 480 mil metros cúbicos de etanol e 470 mil MWh de energia exportada para o sistema.

A companhia, que no ano passado concluiu o ciclo interno de reorganização após a aquisição das três novas usinas no estado, possui mais de 3,5 mil colaboradores diretos em Mato Grosso do Sul.

O diretor agroindustrial da empresa, Felipe Figueiredo, diz que Mato Grosso do Sul tem uma importância estratégica para a empresa, que é o player com maior número de plantas atualmente no estado.

“Acreditamos de fato no setor e em Mato Grosso do Sul, tem quem uma produção estratégica. Afinal é o quarto maior produtor nacional de cana-de-açúcar e o quinto de etanol”, apontou.

Felipe comenta que de maneira orgânica, por meio das parcerias com os produtores que cultivam a cana processada pela empresa, existe condição de ampliar entre 10% e 15% a produção de matéria-prima.

Além desse crescimento orgânico ele cita que existem outras ações desenvolvidas pela empresa para ampliar também essa produtividade. Em parceria com instituições com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa), trabalha no desenvolvimento de variedades mais adaptadas as condições de solo e clima do estado e também com ciclos mais abreviados (precoces e super precoces).

Além disso, desenvolve programa que ajuda financeiramente os produtores parceiros (arrendatários de áreas), de modo que tenham acesso a crédito a juros menores, possibilitando mais investimento no manejo integrado de pragas e tecnologia (como georreferenciamento para o plantio e aplicação de defensivos e fertilizantes).

Felipe diz que a empresa também mantém em perspectiva a possibilidade de no futuro implantar uma planta de processamento de etanol de segunda geração (2G) em Mato Grosso do Sul. Esse tipo de unidade usa resíduos do processo convencional, como o bagaço de cana, para fabricar biocombustível.

A empresa já tem duas unidades em operação e outras duas sendo construídas no interior de São Paulo. O investimento em cada planta, conforme ele, gira em torno de R$ 1 bilhão.

“São empreendimentos com pegada de carbono baixíssima”, ressalta, complementado que também poderá ser implantada no estado uma unidade de produção de biogás, a partir de subprodutos como a vinhaça e a torta de filtro.

A meta da companhia, conforme ele, é diversificar cada vez mais a produção, investindo na produção de alternativas sustentáveis.

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