19 de setembro de 2024


Acusados de assaltarem carro de aplicativo que transporava malas com cabelo humano, avaliados em R$ 150 mil, policial civil e militar, ambos da ativa, foram presos nesta segunda-feira (17). Eles foram ouvidos pela Polícia e permanecem em poder da justiça até a audiência de custódia, que deve acontecer nesta terça (18).

Até o momento, somente a Polícia Militar (PM) se pronunciou sobre o caso. Foi informado que um inquérito administrativo está sendo instaurado para julgar a participação e conduta do policial suspeito. O Capital do Pantanal aguarda por novas informações que devem ser divulgadas pela assessoria de comunicação do comando geral da PM de Mato Grosso do Sul. A Polícia Civil ainda não divulgou qualquer nota sobre o caso.

O que se sabe até agora é que os dois policiais teriam praticado o assalto à mão armada nesta terça-feira (17), enquanto o carro de aplicativo passava pela parte alta da cidade. Após o fato, a vítima pediu ajuda à uma viatura que cumpria ronda na região. De imediato, a vítima embarcou na viatura e os policiais iniciaram diligência pelas proximidades, até que o veículo utilizado no assalto foi reconhecido. O carro estava ocupado por três pessoas e seguia em alta velocidade em direção ao Anel Viário da cidade.

O policial civil era quem conduzia o carro, ele obedeceu a ordem de parada na rua Vinte e Um de Setembro, esquina com a Santa Cataria. Ao desembarcar do veículo, de pronto se identificou como policial civil e disse estar sendo acompanhado pelo cabo da polícia militar e um terceiro indivíduo, o qual umpre pena por condenação criminal e é monitorado por tornozeleira eletrônica.

A vítima confirmou que o terceiro indivíduo foi quem apontou a arma na cabeça do motorista de aplicativo e exigiu as malas com cabelo humano. Ele ameaçava atirar caso sua ordem não fosse cumprida. De acordo com o relato, os dois policiais utilizavam toucas na cabeça.

Viaturas da Polícia Militar e o oficial de serviço do 6º Batalhão prestaram apoio na prisão dos suspeitos. Ao serem questionados sobre os fatos, o policial civil disse que estaria atuando no flagrante de uma denúncia de contrabando, da qual ter recebido informação sobre a passagem clandestina de materiais pela estrada cabriteira, na fronteira com a Bolívia, porém estava agindo durante sua folga e sem repassar a situação à delegacia que é lotado.

O policial militar confirmou a versão e disse que estava prestando apoio ao companheiro de farda, mas também estava em dia de folga e não havia informado sobre a suposta diligência ao seu comandante.

O carro utilizado pelos policiais estava sem a placa dianteira e com os números da placa traseira adulterados por fita adesiva. A arma em posse do policial militar é de propriedade da Polícia Militar de MS e foi apreendida.

Em vistoria ao automóvel utilizado pelos policiais foram encontradas as duas malas com aproximadamente 50 quilos de cabelo humano, três meias que teriam sido utilizadas no rosto dos autores, uma arma e um aparelho celular pertencente ao terceiro indivíduo.

Na delegacia, a vítima apresentou notas ficais dos cabelos humanos comprados na Bolívia e entregou seu celular contendo imagens da abordagens.
Crédito: Capital do Pantanal

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