19 de setembro de 2024

A Receita Federal, que deflagrou esta semana a Operação Fronteira RFB, descobriu cocaína preta em partes de peças de automóveis importados irregularmente. A apreensão foi durante a Operação Ágata Oeste (realizada pelas Forças Armadas, sob coordenação da Marinha), no dia 23 de setembro.

As peças de para-choques apreendidas foram levadas para o Posto de Fiscalização Esdras, da Receita, na fronteira de Corumbá com a Bolívia, no dia 25, segunda-feira passada, e o que começou como um caso típico de contrabando, tomou outro rumo quando auditores-fiscais e analistas tributários notaram modificações incomuns nos para-choques apreendidos (usado e de Hilux).

Eles encontraram a substância incrustada nas peças, com características fortes que apontavam para a cocaína preta, uma mistura de pasta base pura com zinco, carvão e grafite. A droga é mais uma estratégia de traficantes, pois não tem cheiro e pode passar quase que de forma despercebida por cães de faro e equipamentos de raio-x, além de escapar muitas vezes de narcotestes preliminares (testes químicos de identificação por coloração).

Ao todo, são 4 quilos dessa substância, com um valor estimado de aproximadamente R$ 230 mil por quilo, resultando em um prejuízo significativo de R$ 920 mil para os traficantes.

A substância foi enviada para análise pela Polícia Federal e, embora aguarde confirmação oficial, especialistas já consideram o caso consistente com o padrão já observado em situações semelhantes.

Casal de bolivianos que fazia o transporte em um veículo não chegou a ser preso, pois no momento da abordagem, acreditava-se que eram somente para-choques irregulares, esclareceu a Alfândega da Receita.

 

Não é a primeira vez

Esta não foi a primeira apreensão de cocaína preta na fronteira com a Bolívia. Em 2015, a Receita Federal também descobriu a droga escondida em duas maletas de notebook que seriam enviadas de Corumbá para a Espanha, indicando que essa rota já é conhecida e investida pelos traficantes.

A cocaína preta é uma forma particularmente potente da droga, o que a torna ainda mais perigosa para os usuários. Sua pureza e potência podem levar a efeitos devastadores à saúde, incluindo overdose e danos irreparáveis ao sistema cardiovascular e ao cérebro.

Diario Corumbaense com informações da Receita Federal.  

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