19 de setembro de 2024


O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul está em alerta para atuar em caso de incêndios florestais no Pantanal, Cerrado e também na Mata Atlântica, biomas presentes no Estado.

O alerta teve inicio nesta segunda-feira (17), após a publicação da portaria do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) que suspende as autorizações ambientais de “queima controlada” até 31 de dezembro deste ano.

O período de estiagem e baixa umidade relativa do ar, com altas temperaturas mesmo no inverno, aliados a vegetação seca, é um cenário com grande risco de incêndios florestais no Estado.

De acordo com o primeiro informativo de monitoramento de incêndios florestais em MS, elaborado pela equipe técnica do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC) e do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul (CBMS), divulgado nesta terça-feira (18), no período de 1º a 16 de julho, é possível observar uma redução de 70,4% na área queimada do Bioma Cerrado/MS e uma redução de 78,4% no bioma do Pantanal/MS em relação ao ano de 2022. Os municípios de Corumbá (68%), Rio Verde de Mato Grosso (16%) e Aquidauana (13,3%), concentram 97,3% dos focos de calor no Pantanal, conforme dados do INPE. O CBMMS está em atuação na região desde o dia 17 de maio do ano passado, até o momento já foram empregados um efetivo de 32 bombeiros e bombeiras militares nas ações de prevenção e combate aos incêndios florestais.

A previsão indica tempo seco sem previsão de chuva até o dia 28 de julho. As temperaturas estarão em elevação e podem atingir valores superiores a 35°C, aliado a baixa umidade relativa do ar, entre 15 e 35%, principalmente nas regiões pantaneira, bolsão, norte e sudoeste do estado. Porém a partir do dia 29/07 a previsão indica o retorno das chuvas no MS. Em grande parte do estado, o risco de fogo é “crítico”, porém em partes da região pantaneira o risco de fogo é “médio”.

Dados CEMADEN indicam tendência de incêndios. Foto: Reprodução
O mapa da esquerda mostra as áreas com tendência negativa (em verde), sendo consideradas com baixa probabilidade de ocorrência de fogo em grande parte dos municípios do Estado no trimestre de Julho-Agosto-Setembro (JAS) de 2023. A previsão da probabilidade de fogo (mapa da direita) para o mesmo trimestre mostra que a maior parte do território do estado do Mato Grosso do Sul encontra-se nos níveis de “Alerta” e “Atenção”. Já os municípios como Bela Vista, Jardim, Nioaque, Terenos, Sidrolândia e Bandeirante encontram-se em “Alerta Alto”.

Monitoramento de chuva

Segundo relatório do CEMTEC, no mês de junho houve acumulados significativos de chuva que variaram entre 80-140 mm nas regiões central e leste do estado, que ocorreram entre os dias 12 a 15 de junho. Durante o mês de junho, as chuvas ficaram acima da média histórica, o que representou 75-125% acima da climatologia. As chuvas ocorridas estiveram associadas ao avanço de frentes frias, cavados e disponibilidade de calor e umidade.O município com maior precipitação foi Bataguassu, onde observou-se 129,8 mm de acumulado de chuva mensal, o que representa 200% acima da média histórica. Por outro lado, o município de Porto Murtinho teve 5,8 mm de acumulado de precipitação, representando 87% abaixo da média histórica.

Em Corumbá a precipitação acumulada no mês de junho atingiu 62mm, o que representa 191% acima da média histórica que é de 21,3 mm.

Condições meteorológicas

A menor temperatura registrada no mês de junho foi 2,9ºC no dia 16 em Maracaju. A maior temperatura registrada foi 34,2ºC no dia 11 em Nhumirim, região da Nhecolândia.
A menor umidade relativa do ar registrada foi de 15% em Costa Rica no dia 04. A maior rajada de vento observada foi de 73,4 km/h no município de Nhumirim, na Nhecolândia no dia 08.

Corumbá teve o dia mais frio em 14 de junho, com 8,1ºC e o dia mais quente, com 32,1°C no dia 10.
Crédito:Capitaldo Pantanal

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