19 de setembro de 2024

Centenas de palestinos que moram em Corumbá, juntamente com amigos e familiares corumbaenses participaram da passeata a favor da paz na Palestina. O movimento ocorreu no centro de Corumbá, nesta quarta-feira (18), devido à guerra que está ocorrendo no Oriente Médio, a mais de 10 dias com conflitos entre Israel e Hamas.

A passeata passou pelas ruas 15 de novembro, Dom Aquino, Frei Mariano e  Delamare. Para um dos organizadores,  Yahya Muhd Omar Said, a guerra é de resposabilidade das potências econômicas e militares do planeta e tem tido como preço a vida de pessoas inocentes, crianças, jovens e idosos que vem sofrendo muito.

A passeata é uma iniciativa das entidades que integram o Comitê Corumbá pela Paz. “ Queremos a paz do mundo, é muito triste ver pessoas inocentes perdendo a vida, sem terem culpa de nada”, disse Yahya.  Para Fakhrieh Raed Boarat, de 29 anos, que nasceu na Palestina  e mora no Brasil há mais de 11 anos, e mãe de dois filhos brasileiros, é muito triste ver essa guerra acontecendo. “Participei da passeata em nome da paz, o mundo precisa nos ouvir, moro no Brasil, mas é motivo de muita tristeza ver essa guerra no meu país, que tudo isso logo acabe. Queremos paz”, afirma a jovem da Palestina.

“Nós, como povo palestiniano, vivemos tempos difíceis e amargos durante muito tempo, desde a Nakba e a deslocação sob a perpetuação da ocupação israelo-sionista, e agora eles estão a repetir o que fizeram antes, incluindo a deslocação, a violência étnica limpeza e genocídio do povo palestiniano, especialmente em Gaza, e nós, como povo palestiniano de várias seitas e religiões, assumimo-nos hoje como filhos e apoiantes da causa palestiniana, e a nossa mensagem foi clara: somos defensores da paz e a recuperação das nossas terras e casas que foram roubadas aos palestinos desde os tempos antigos, e para parar a guerra contra o nosso povo em Gaza e não matar crianças, mulheres e civis, e não destruir casas, escolas e hospitais”, diz Fakhrieh Raed.

“Como um palestino, vivi toda a minha infância até os 20 anos na Palestina. Espero que um dia a Palestina retorne para nós, e tenhamos o direito de vagar por todas as partes da Palestina, de norte a sul, e de leste a oeste , sem a presença de barreiras israelenses que nos impeçam de ir e voltar quando quisermos, de entrar em Jerusalém e entrar em Gaza com toda segurança e paz, como é o caso aqui, como é o caso dos brasileiros vagarem e irem para qualquer país brasileiro em todo o Brasil sem barreiras e o medo”, completa Fakhrieh Raed ao Capital do Pantanal.

Capital do Pantanal

 

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